quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Após um soberbo dia de verão

[e os escuros e afetados cravos vermelhos, de cabeça erguida; e as ervilhas-de-cheiro, abertas em seus vasos, roxas, brancas, desmaiadas - como se fosse um pôr-de-sol e raparigas de musselina viessem colher flores de ervilhas e rosas, após um soberbo dia de verão, com o seu céu quase azul-marinho, seus delfínios, seus cravos, suas açucenas; e fosse o momento entre seis e sete em que cada flor - rosa, cravo, íris, lilás - se põe a arder; branco, vermelho, violeta, laranja carregado; cada flor parece queimar-se sozinha; suavemente, puramente, nos canteiros brumosos; e como amava as cinzentas falenas, revoluteando sobre os girassóis, as crepusculares primaveras]
Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
[Agatha, que diz sempre se lembrar da Denise quando lê VW]

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