domingo, 22 de fevereiro de 2009

Resíduos II

01 de agosto 02h15

O conto é um sonho.

 

02 de agosto 13h10

Recuso a psicanálise, acredito no Talmude, o sonho é sua própria interpretação.

 

03 de agosto 17h01

[Deus não é neutro, nem é Ele uma abstração.]

 

04 de agosto 23h50

Nena e Billy, duas almas em fogo.

 

05 de agosto 14h29

A viagem serve para desenhar a história da conversão dos personagens.

 

06 de agosto 0h20

A matéria aquosa tornou-se gelo nevado, o envoltório trouxe brumas ao sonho, dando início ao rito que levaria os amantes ao seu destino individual.

 

07 de agosto 12h00

Não há mais sangue, entre alvos lençóis e paredes, a Nena resta a memória da neve tocada por seus olhos violeta. No banheiro do hotel, sob a torneira vacilante, o marido retira a última mancha do vison branco. E o fogo, nunca mais.

 

 [Escrito por Denise, depois do encontro com Garcia-Marquez]


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